A crise do Coronavírus e o agricultor familiar produtor de hortaliças
DOI:
https://doi.org/10.21171/ges.v14i39.3254Palavras-chave:
agricultura, comercialização, PAA, PNAE, política pública, COVID-19, pandemiaResumo
O objetivo desse estudo foi verificar os principais efeitos imediatos da crise do coronavírus (Covid-19), em particular, sobre a comercialização de hortaliças produzidas em estabelecimentos agropecuários denominados familiares. Para realização desse estudo recorreu-se à revisão bibliográfica e a realização de entrevistas semi-dirigidas. O estudo aponta que a maior diferenciação social entre os produtores decorrente da pandemia tem estreita relação com o canal de comercialização dominante. Verifica-se que os produtores que comercializam para os supermercados, diretamente ou indiretamente, conseguem manter o escoamento de forma mais regular, uma vez que esses estabelecimentos seguem abertos por serem “serviços essenciais”. Mas parte considerável dos agricultores familiares que dependem do funcionamento dos restaurantes e das feiras está em situação de maior vulnerabilidade econômica. Outro importante canal de comercialização para o agricultor familiar são as compras institucionais, em especial, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Para o PAA, a modalidade mais utilizada pelos agricultores familiares é a “Compra com Doação Simultânea”, a qual apresentou decréscimo vertiginoso desde o ano de 2013. O PNAE, por sua vez, diminuiu as aquisições em função da suspensão das aulas em vários municípios. Conclui-se que são dois programas que constituem alternativas concretas para minimizar os impactos causados pela atual crise sobre os agricultores familiares, além de garantir alimentos às pessoas em condições mais vulneráveis.
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